Minha imagem, na
concepção dos outros, sempre foi um paradoxo. Ora, criavam uma carapuça
santificada, cheia de acertos, bondade, pureza. Ora, minha face era
preconceituada como má, negativa, marginalizada. O que posso afirmar desses
conceitos sociais, é que não sou anjo nem demônio. Não busco ser perfeita,
encantadora, mocinha. Na minha vida, aprendi que este estágio é inalcançável.
Também não fui nem sou a imagem negativa que me pintam, apenas nasci em em
mundo escuro, severo, cruel, egoísta, o qual deixou em mim um vazio enorme que
me fez ser fria, calada, introspectiva. Do meu silêncio entendo eu, aliás, da
necessidade de não falar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário