quarta-feira, 9 de maio de 2012

Uma noite comum.


Não tive uma noite sonhadora, imaginária, feliz. Até agradeço por não ter tido. Já sonhei sendo uma princesa, ao lado de um homem encantado. Já sonhei que estava em um parque de diversão, rodeada de amigos, família. No entanto, acordei sozinha, num lugar escuro, rodeada de vazio, solidão. A luz da minha vida tornou-se treva no dia em que você me disse adeus. Tenho a mania de falar e escrever que desde pequena fui triste, que minha infância foi triste e, agora, venho eu, expor a ideia de que sou melancólica por conta da tua ausência, teu silêncio, tua falta. É, parece confuso, entretanto, tudo a ver. É que antes de você, eu não tinha amadurecido, crescido, nascido. Comecei a engatilhar nos teus braços, e na ausência dele me perdi, me ofusquei, voltei a ser menina sem você. Não uma criança inocente, frágil e indefesa, mas uma mulher que foi pelo tempo, enganada, traída, trocada. 


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