Minha vida é um caminho sem
volta. Quando acho que posso mudar o rumo e fazer diferente, percebo que a
mudança só partiu de mim, que o mundo não contribuiu. E, é engano de qualquer
pessoa, achar que a mudança depende exclusivamente de um único ser. Quando o
mundo não muda, você não sai do lugar. Minha vida sempre foi de mágoa, maltrato,
despejo. As coisas em minha volta acontecem da pior maneira possível e, ninguém
vê. Sabe por quê? Porque são minhas, e quando o problema não é do mundo, a
situação não muda, permanece. A ilusão de achar que sozinho, o homem pode fazer
muita coisa, é uma ilusão dobrada, forte, resistente. Ah, esqueci, o ser humano
pode sim conseguir mudar algo sozinho, eu consegui. Minha dor muda de grau, a
cada dia, minha solidão também. Minha infelicidade, perdi as contas de quantas
vezes mudou, mudou pra pior, a cada dia dói mais, fere mais, machuca, sangra,
mata. Do coletivismo inexistente em minha vida, eu entendo muito bem.
Há momentos infelizes em que a solidão e o silêncio se tornam meios de liberdade. - Paul Valéry
sábado, 9 de junho de 2012
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Mundo giratório.
O meu mundo é escuro, sozinho,
calado. Nunca fui ouvida quando precisava, muito menos amada, quando devia. As
minhas vontades nunca foram atendidas, bem como, minhas necessidades. O meu
eterno silêncio é fruto de um coração magoado, solitário, cansado. Nunca possui
a metade do pouco que sonhei. Não queria o mundo em minhas mãos, apenas o meu
dedo, tocando parte dele, queria ter certeza que sou gente, sou humana. Às
vezes penso que não faço parte um grupo de seres pensantes. Meu mundinho é
diferente, estranho, isolado. As pessoas não entendem meu silêncio, meu sorriso
forçado, minha alegria mentirosa. Não preciso mostrar para você que estou
péssima, foi por você que deixei de sonhar, viver. A obviedade do meu
sentimento, para você é mutável. Não espere que eu grite, clame, chame por
você, no momento certo, sem que eu precise me expor, você voltará. Só tenho
medo desse mundo giratório, que com certeza fará você pagar por tudo que fez.
E, o meu medo, não é pelo seu sofrimento, mas pelo tempo que o tempo vai perder
com você. Não desejo para este último, o que ele fez comigo, pois em quesito de
valorização indevida, eu entendo muito bem.
sábado, 2 de junho de 2012
Algo já esperado.
Tinha desistido de amar, acreditar em sentimentos carinhosos, afetivos, coletivos. As quedas que o destino provocou em minha vida, fez com que os meus planos em relação ao imaginário sentimento chamado amor, tivessem sumido, ou quem sabe, nunca existido. Comecei a sentir que o viver, não necessariamente, precisaria de um alguém, ninguém. Tive muitas vezes, presa em minhas mãos, a necessidade de ser só, de não machucar um coração já machucado, magoado, cansado. Pensei muitas vezes, em não abrir a porta para o engano, para a ilusão, para a decepção. Todavia, quando menos esperava, você conseguiu superar todas as etapas, quebrar todo o gelo, advogar em seu desejo, sua meta. Acreditei, superei, achei que tinha vencido, fiz planos, encantos, desejos. Achei que o passado deveria ser esquecido, deixado de lado, em virtude de uma nova vida, uma nova oportunidade. Mas, a certeza de antes, não demorou muito tempo para mostrar, provar que não estava mentido, iludindo. O novo se fez antigo, o lindo mostrou-se cruel, o belo tornou-se trágico. Você me deixou aqui, sozinha, mais uma vez, descreditada, enganada. Porém, apesar de tudo, não ponho a culpa nas suas atitudes, mas na ausência das minhas. Não obedeci a regra. É difícil desejar o bem de quem apenas te fez mal, mas te desejo, do fundo do meu coração, que na sua vida, você não encontre alguém como você, com seus princípios, suas verdades, seus sentimentos. Desejar para a sua pessoa, alguém diferente de você, é querer o seu melhor bem, o seu maior sucesso. Do conhecimento sobre seu caráter, sua fraquesa e sua insensibilidade, eu entendo muito bem.
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